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A criatividade que faz diferença na arquitetura de espaços comerciais

A criatividade que faz diferença na arquitetura de espaços comerciais

Negócios tem buscado projetos arquitetônicos que usem e abusem de soluções criativas, para diferenciar os espaços que fogem do tradicional

Ficou no passado a época em que espaços comerciais eram sinônimos apenas de uma arquitetura mais básica e tradicional. Têm ganhado cada vez mais força no mercado, projetos arquitetônicos que utilizem de soluções criativas – na maioria das vezes fora do dito “convencional” – para diferenciar os ambientes de trabalho, seja nos escritórios, no varejo e até mesmo na indústria.

Detalhes que evidenciam referências à história do negócio ou dos proprietários, formas que otimizem os espaços e suas particularidades, acabamentos que valorizem o lugar para além do usual. São linhas de pensamento como essas que norteiam a atuação do profissional que busca implantar tais soluções criativas em seus projetos arquitetônicos.

O arquiteto Mateus Michels conta que, o primeiro passo de toda criação é a formulação do plano de necessidades do cliente para com o local que deseja construir ou reformar. “Com isso, conseguimos visualizar e entender a ideia, quais os seus gostos e história, o quanto está disposto a investir e o que considera essencial”, completa.

Ainda que necessário para qualquer ação, o orçamento não precisa ser um fator determinante para a construção de um espaço comercial com um bom projeto arquitetônico. Segundo Michels, com criatividade, é possível criar soluções de maneira econômica, muitas vezes transformando coisas simples em algo mágico para o negócio.

“Houve uma época em que se usou muito os pallets, por exemplo, que até então eram objetos descartáveis, muitas vezes encontrados no lixo, e começou-se a criar sofás, estantes, painéis expositores, deques, entre outros diversos móveis e objetos diferentes. Ou seja, uma solução extremamente criativa para inúmeros projetos foi utilizar esse material inusitado como um ótimo diferencial”, explica.

Diferencial que não colabora apenas na beleza do ambiente. “Também serve para criar impacto, porque prende a atenção do consumidor. Então quanto mais inovador é um objeto ou um detalhe dentro de um projeto comercial, mais vai chamar atenção para aquele espaço, aumentando a possibilidade de possíveis clientes se interessarem pelo produto ou serviço que é oferecido”, avalia o arquiteto.

O museu dentro de uma indústria

Seria possível instalar um museu dentro do galpão de uma indústria? É claro! Utilizando de várias características do próprio local, Michels criou o projeto do museu da Fumacense Alimentos, em Morro da Fumaça (SC).

No espaço, para lembrar a história da empresa – que atua no ramo orizícola –, muito se utilizou de telhas onduladas, que representam os silos de arroz. O material é encontrado nos painéis que revestem a fachada do museu, em acabamentos nos pontos de exposição, no revestimento de móveis e, principalmente, em um formato com diferentes alturas no forro, tornando-o mais dinâmico e contribuindo, também, para a acústica e visual do local.

Vitrines que se movem em uma loja aquário

Outro exemplo de criatividade e inovação pode ser encontrado na Mark At Place, uma loja conceito dentro do Criciúma Shopping. No local, que possui uma fachada totalmente envidraçada, como um aquário, o arquiteto aproveitou a oportunidade para fazer as vitrines em formato móvel.

“A intenção era dar a impressão de movimento para o espaço, que como todo o mobiliário do estabelecimento, proporciona a possibilidade de mudança em todo o layout. Algo realmente com a cara do modelo de negócio da Mark At Place”, finaliza.

Mais detalhes sobre os projetos e outras soluções criativas podem ser conferidos no Instagram @mateusmichelsarq (www.instagram.com/mateusmichelsarq/).