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Por meio da arquitetura, cores podem despertar inúmeras sensações

Por meio da arquitetura, cores podem despertar inúmeras sensações

Independentemente do cômodo da casa, o colorido ou os tons mais neutros podem trazer relaxamento ou felicidade ao morador

Uma consequência que as cores podem trazer são as sensações. Sendo um dos pilares da arquitetura, a cor serve de base para a inserção de todo e qualquer objeto em um cômodo e, em determinados ambientes, ela pode remeter ao conforto, relaxamento ou felicidade. O segredo está em como o arquiteto irá explorar os tons, papéis de parede, pisos e revestimentos, para que tudo se conecte.

Para o arquiteto Mateus Michels, o ideal é que seja realizado um planejamento de necessidades do cliente logo no início do desenvolvimento do projeto arquitetônico, para que o profissional consiga entender os gostos do cliente e assim compor o ambiente com vários materiais, seguindo determinados tons e cores. “Em um quarto, por exemplo, para trazer mais aconchego, usamos cores neutras com tons azuis e pastéis. Por outro lado, quando o cliente deseja algo mais forte para causar impacto, utilizam-se cores mais escuras e chamativas”, destaca Michels.

Para complementar o ambiente, além das cores, são utilizadas texturas nas paredes. Desta forma, o arquiteto consegue fazer transições entre ambientes de forma criativa e que atenda a necessidade do cliente. “Há casos em que temos a cozinha e a sala conjugadas, nesses espaços trabalhamos com materiais e cores que se conectam para dar uma continuidade e não ocorrer uma quebra da textura ou da cor”, frisa o arquiteto.

Até nos lavabos, cores fazem a diferença

Os lavabos são cômodos pequenos, mas nem por isso, devem ficar esquecidos. O arquiteto pode utilizar texturas e cores nestes locais, para deixar o ambiente aconchegante ou ousado ou neutro. Nestes espaços é possível unir cores e materiais para criar um projeto diferente de todo o resto da casa.

Este ambiente, embora pequeno, oferece ao arquiteto a oportunidade de explorar os desejos e memórias do morador, incorporando elementos que reflitam a cultura de um povo, por exemplo. Pensando nisso, Michels projetou um lavabo com a arquitetura asiática para o cliente que, inspirado por suas viagens, desejava criar um espaço em sua nova casa que remetesse à cultura indiana e árabe.

Para atender a esse desejo, o arquiteto optou por manter no banheiro os tons neutros e texturas nas paredes. “Fizemos como se fosse uma viagem, para que o morador, quando abrisse a porta, se sentisse transportado para uma outra cultura. Então, é um local totalmente diferente do que está do lado de fora e, com isso, conseguimos trabalhar com elementos de decoração, cores em tons terrosos, quentes e formas da arquitetura”, explica Michels.

Outra característica na qual a cor está presente são os materiais usados para compor no banheiro, como a torneira e cuba de latão, uma liga metálica composta por cobre e zinco. “Usamos também a madeira e o azulejo para remeter a arquitetura local, bem como as luminárias mais asiáticas e indianas. Com todos esses elementos, conseguimos transportar o cliente dentro do próprio apartamento dele, trazendo uma conexão com a viagem”, frisa.